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Channel: Notas Musicais
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Revisão dos 30 anos de 'axé' entroniza Daniela como a rainha do gênero

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Editorial - Sucessivas reportagens sobre a axé music vem sendo publicadas nas mídias impressa e digital desde janeiro deste ano de 2015. Os 30 anos do gênero - contados a partir do lançamento em 1985 da música Fricote (Paulinho Camafeu e Luiz Caldas) na voz de seu coautor Luiz Caldas - têm servido de ganho para revisões dos (des)caminhos da música afro-pop-baiana rotulada como axé music pelo jornalista soteropolitano Hagamenon Brito. Em todas as reportagens, o nome de Daniela Mercury (foto) tem sido destacado. Embora cantoras como Ivete Sangalo e sua seguidora Claudia Leitte estejam atualmente bem mais em evidência na mídia, é consenso que, se for para eleger uma rainha vitalícia da axé music, quem vai para o trono é Daniela Mercury. A caminho dos 50 anos, a serem completados em julho deste ano de 2105, a cantora e compositora baiana soube construir discografia perene a partir de sua explosão em 1992 com a música e o disco O canto da cidade (Sony Music, 1992). Álbuns posteriores como Feijão com arroz (Sony Music, 1996) e Balé mulato (EMI Music, 2005) confirmaram a habilidade da artista para criar discos que transcenderam a fugacidade de boa parte da axé music, gênero que vive muito em função do Carnaval de Salvador (BA). Se Ivete Sangalo nunca apresentou um álbum solo com cacife para romper a corda dos trios elétricos e se tornar clássico ao longo dos anos, embora tenha emplacado sucessos perenes ao longo dos anos 2000, como o samba-reggae Sorte grande (Lourenço), Daniela Mercury parece ter entendido de cara que uma cantora de axé não pode basear sua carreira somente em hits para fazer o público tirar o pé do chão. Seu poder na indústria da música baiana hoje é bem menor do que o de Ivete e até mesmo do que o de Claudia Leitte ( ainda à procura de um rumo em carreira solo que não bisou o sucesso dos tempos em que era vocalista do grupo Babado Novo). Em contrapartida, seu prestígio e seu legado são infinitamente maiores do que o de outras cantoras do gênero. Decorridos 30 anos do sucesso de Fricote, dá para sentenciar que Daniela Mercury é - desde sempre e para sempre - a rainha do axé.

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