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Channel: Notas Musicais
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'#AC ao vivo' mostra que Ana Carolina bate pé ao se jogar na pista autoral

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Resenha de CD e DVD
Título:#ACao vivo
Artista:Ana Carolina
Gravadora: Armazém / Sony Music
Cotação: * * *

Editado em CD simples, CD duplo e DVD, registro ao vivo do show #AC (2014) flagra Ana Carolina em momento de desgaste de sua obra autoral. Seria injusto acusar a cantora e compositora de mineira de estagnação. Calcado no groove, o álbum #AC (Armazém / Sony Music, 2014) significou tentativa de renovação, jogando a artista em outra pista e deixando as baladas românticas em segundo plano. A questão é que a irregularidade do repertório do álbum #AC salta aos ouvidos no registro ao vivo do show dirigido por Monique Gardenberg. Tal inconstância é potencializada no DVD e no CD ao vivo pelo confronto com canções da melhor fase da discografia da cantora, a do período que vai de 1999 - ano do lançamento do primeiro álbum e da projeção de Ana em escala nacional - até 2003, ano de Estampado(BMG), último ótimo álbum da artista. O medley com Nua (Ana Carolina e Vitor Ramil, 2003),Pra rua me levar (Ana Carolina e Totonho Villeroy, 2001) e Uma louca tempestade (Bebeto Alves e Totonho Villeroy, 2003) acentua a saudade de uma cantora menos imune aos vícios corrosivos do mercado fonográfico. Tanto que, sintomaticamente, o número de maior sucesso do show - perpetuado com capricho nesse DVD filmado sob a direção de Pedro Secchin - foi uma das poucas músicas do roteiro compostas fora da seara da compositora orgulhosa de sua produção autoral. Trata-se da forte canção Coração selvagem (Belchior, 1977), sucesso há 38 anos na voz do atualmente sumido cantor e compositor cearense Belchior. Coração selvagembate no DVD em tom mais suave do que o das primeiras interpretações da canção por Ana. Pela própria natureza passional, a canção até permitiria arroubos de interpretação. Mas Ana vem dosando seus tons e, quando não carrega nas tintas vocais, costuma se confirmar a grande cantora que é. Mas Ana vem evitando correr perigo, andar na contramão, pecar (nem que seja pelo excesso) e arriscar. Em #AC, show baseado no sexo e na eletrônica que arranha Garganta (Totonho Villeroy, 1999), a cantora joga na pista sua libido e suas certezas (clique aqui para ler a resenha da estreia do show e aqui para ler o roteiro original) sem arriscar para valer. #AC ao vivo mostra que a cantora já está brilhando mais do que a compositora. Se de 1999 a 2003 houve um equilíbrio, a balança tem pendido a favor da cantora ao longo da última década. O que não seria um problema em si, se viesse por aí um possível disco de intérprete (aparentemente fora dos planos). Do jeito que está, #AC ao vivo reitera o que o público mais atento de Ana Carolina já percebeu há anos: já passa da hora de a compositora renovar seu repertório, não com grooves, mas com abertura de parcerias que possam abrir outras janelas, outras possibilidades, outras cores, enfim, para uma obra autoral que tem exposto poucos matizes.

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