Quantcast
Channel: Notas Musicais
Viewing all articles
Browse latest Browse all 4098

'Bailar en la cueva' joga Drexler na pista com elegância, poesia e eco folk

$
0
0
Resenha de CD
Título: Bailar en la cueva
Artista: Jorge Drexler
Gravadora:Warner Music
Cotação:* * * 1/2

Jorge Drexler se joga na pista em Bailar la cueva, décimo álbum do cantautor uruguaio. Mas a dança do artista é elegante. No disco de inéditas gravado entre Bogotá (Colômbia) e Madrid (Espanha), Drexler cai na pista sem os clichês do pop dance e com sagazes conexões com ritmos da América do Sul. Se a cantora chilina Anite Tijoux insere rap em Universos paralelos (Jorge Drexler), Bolívia - faixa cantada por Drexler com o compositor brasileiro Caetano Veloso - celebra o único país que acolheu os avôs do artista, vindos da Europa em fuga do nazismo. De modo geral, as letras estão mais concisas e diretas, mas sem perda da poesia, como atestam os versos de La luna de rasquí (Jorge Drexler), a mais sedutora das faixas dançantes. Só que o baile na caverna não evita temas do cotidiano. Em Data data (Jorge Drexler, Bem Sidran e Leo Sidran) e em La plegaria del paparazzo (Jorge Drexler), o cantautor versa sobre a busca incessante do ser humano para ser e fazer notícia na web na era dos selfies e dos flashes invasivos. Acima dos versos, contudo, paira a inspiração melódica de Drexler, evidenciada em boas músicas como Todo cae (Jorge Drexler) e La noche no es una ciencia exacta (Jorge Drexler), faixa cuja bela arquitetura desencava a raiz folk do cancioneiro desse compositor projetado mundialmente em 2005 quando sua canção Al otro lado del río - composta para a trilha sonora do filme Diários de motocicleta (2004) - foi laureada com o prêmio de Melhor canção original no Oscar de 2005. No fim, a delicadeza com Bailar en la cueva borda Organdí (Jorge Drexler) explicita que a dança também é romântica. 

Viewing all articles
Browse latest Browse all 4098

Trending Articles