Quantcast
Channel: Notas Musicais
Viewing all articles
Browse latest Browse all 4098

RETROSPECTIVA 2015 – Júlia Vargas brilha, já pronta para cantar pelo Brasil

$
0
0
 RETROSPECTIVA 2015– Cantora e percussionista fluminense natural de Cabo Frio (RJ), Júlia Vargas tenta se fazer ouvir no Brasil desde 2012, ano em que lançou o primeiro álbum, Júlia Vargas, equivocadamente editado pela gravadora Sony Music somente em formato digital, ao qual muitos consumidores de discos de MPB - principal público-alvo da artista - ainda são refratários. Como o mercado fonográfico brasileiro está em processo de decomposição, a cantora precisou de paciência. Contudo, ao longo deste ano de 2015, o canto grave de Júlia Vargas começou a ecoar com mais força neste país de cantoras, mas por ora basicamente em palcos cariocas e fluminenses. Por enquanto, a cantora ainda tem sido associada a Chico Chico, nome artístico do cantor e compositor carioca Francisco Ribeiro Eller, filho da cantora Cássia Eller (1962 - 2011). Só que, nos shows divididos com Chico, Júlia Vargas mostrou que já tem cacife e maturidade para fazer nome e caminhar sozinha. Lançado neste segundo semestre de 2015, o segundo título da discografia da cantora - Ao vivo em Niterói, projeto de Rodrigo Garcia assinado por Júlia Vargas com a banda Os Barnabés e editado pelo selo Porangareté, com distribuição da gravadora Coqueiro Verde Records, em kit que junta CD e DVD em embalagem de DVD - perpetua números do show da artista. Músicas da compositora paraibana Cátia de França - Coito das araras (1979), Geração (1985), Minha vida é uma rede (1985) e Os galos (1979), baião cantado por Júlia em dueto com João Cavalcanti - predominam no roteiro em que Milton Nascimento está triplamente representado com Cravo e canela (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, 1971),  Caxangá (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1977) e a citação a capella de Ponta de areia (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1974) que abre a gravação ao vivo do show captado em apresentação no Teatro Municipal de Niterói, palco mais nobre da cidade fluminense de Niterói (RJ). Além da intervenção de João Cavalcanti, o show exibido em Ao vivo em Niterói tem adesões de Rodrigo Maranhão - em Sonho, tema de Maranhão em que o compositor ecoa a prosódia dos cantadores da nação nordestina - e do percussionista Marcos Suzano, cujo pandeiro trava duelo com a zabumba de Durval Pereira (integrante de Os Barnabés) em Onde o xaxado tá? (Gilberto Gil e Rodolfo Stroeter, 1998). Enfim, no canto de MPB de acento nordestino, Júlia mostrou em 2015 que está pronta para ser ouvida e aclamada no Brasil, país de cantoras. Resta saber se o Brasil já está pronto para ouvir Júlia Vargas.

Viewing all articles
Browse latest Browse all 4098

Trending Articles